quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Seu filho anda muito conectado ao vídeo game? Cuidado!!!
Não perca seu filho para o mundo virtual .
Estou muito preocupado com a troca que as crianças e adolescentes estão fazendo do mundo real pelo virtual.
A interação cibernética está cada vez mais similar ao efeito de drogas no cérebro. Estímulos fortes, emoções intensas, seguidas de esgotamento, preguiça e falta de interesse . O esporte vai ficando de lado, a alimentação não segue um padrão, fica muito ligada à fome ou ansiedade, e tanto pode haver exagero quanto escassez. Falta de auto estima, insegurança e imaturidade para lidar com as situações cotidianas, queda de rendimento na escola, afastamento dos pais, mentiras para ficar mais tempo conectado.
No clube que meu filho frequenta há um espaço de videogames. Chamo de "cracolândia".
Os filhos pequenos gostam muito da atenção e da companhia dos pais.Mas isso pode se perder aos poucos , e a responsabilidade é nossa. Muitas vezes começamos pela comodidade, afinal depois que eles aprendem a mexer em um videogame portátil, ficam "quietinhos" ,imóveis, apertando botõezinhos. Isso pode ser conveniente por algum tempo, mas estará sendo criado um distanciamento que pode não ser mais desfeito.
Mantenha seu filho perto de você, converse, interesse-se pelo mundo dele ou dela, brinque, interaja, leve ao cinema, teatro, estude junto.
Não faltam casos de jovens que sentem o paradoxo de gostar cada vez menos da hora em que os pais chegam em casa. Afinal, eles vão ter que sair do computador ou parar de jogar.
Uma coisa é o videogame tirar a graça de bola de gude, futebol de botão, ciranda, corda ou pião. Muito mais grave é transformar os pais em figuras distantes e enfadonhas, obstáculos ao prazer tão intenso quanto mórbido ( como toda droga) de ficar conectado .

Paulo Gusmão

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