Deixar a vida confortável da cidade grande parecia uma aventura arriscada.Há quem se arrisque a dizer que nenhuma mulher conseguiria deixar a chamada"vida civilizada" para se embrenhar numa mata,à procura de seu destino.
Assim eu fiz e descobri a paz pondo meus pés na grama molhada pelo orvalho das manhãs do campo. E a felicidade me entretém até hoje a começar pelo cheiro gostoso do café quentinho até o momento em que chega a hora do descanso do dia que se vai ao horizonte.
Aqui não há shoppings, vitrines,cinemas nem a euforia das tardes de compras quando a maioria das mulheres tenta procurar um sentido para todas as coisas.
Troquei a comodidade e o conforto das coisas materiais pelo silêncio absoluto só quebrado pelo barulho inquieto dos animais selvagens.
Assim eu fiz e descobri a paz pondo meus pés na grama molhada pelo orvalho das manhãs do campo. E a felicidade me entretém até hoje a começar pelo cheiro gostoso do café quentinho até o momento em que chega a hora do descanso do dia que se vai ao horizonte.
Aqui não há shoppings, vitrines,cinemas nem a euforia das tardes de compras quando a maioria das mulheres tenta procurar um sentido para todas as coisas.
Troquei a comodidade e o conforto das coisas materiais pelo silêncio absoluto só quebrado pelo barulho inquieto dos animais selvagens.
Há uma rede amarrada em dois palanques de aroeira da varanda onde me descanso e exercito minha vã filosofia, o céu cheio de estrelas e uma ótima companhia.
À nossa volta, o latido protetor dos fiéis cães de guarda, a denunciar ruídos na escuridão, avisando que é chegada a hora de se aquietar. Quero-queros denunciam a presença de predadores na grama molhada pelo orvalho que já começa a cair e curicacas esticam suas imensas asas nos coqueiros a acomodar seus filhotes nos ninhos para passar a noite.
Percebo nesse momento que Deus está presente nesse lugar e sei também que nada mais me falta.
De longe, escuto o esturro de uma onça fazendo ronda pela mata.
Distraída, leio meu destino na contemplação do céu repleto de estrelas. Às vezes penso que não há nada mais bonito do que o céu cheio de estrelas.
O pensamento voa para longe e nesse instante tenho a impressão de que encontrei a paz...
Será assim a felicidade? Acho que nunca vou saber...
Arrisco-me a sonhar, mas acho que de nada preciso, além da alegria de saber que meus entes queridos estão protegidos por Deus em seu grande mistério... Atrelo seus destinos à minha fé, envolvendo-os em uma grande e imaginária redoma de vidro e então me descanso.
Olho para a lua em toda a sua exuberância e peço a ela que nos proteja a todos.
Contemplo o céu, enquanto espero então cair uma estrela, longe, muito longe.
Uma coruja solitária denuncia sua presença, enquanto percebo todo o rebanho se aproximando da nossa casa, como a pedir proteção. Os touros, em sua majestade, fazem ronda em volta das vacas, como a protegê-las de algum eventual perigo. É interessante ver como os animais gostam de passar a noite perto da sede da fazenda, como se tivessem também a intenção de nos proteger.
É hora de dormir.
Penso, antes de adormecer, nas pessoas que amo e sei que estão, todas delas, longe de mim... Observo por longo tempo a lua cheia e faço um pedido.
Adormeço, então, para ver nascer um novo dia.
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