Campo Grande- 115 anos.
Tempos que longe vão...Dos tempos do carro de boi e dos primeiros Fordinhos do começo do século à beleza e exuberância dos edifícios modernos...
Tenho guardados na memória os "causos" contados por meu avô Abrahão Souza Barbosa, na varanda da fazenda Saltinho. Aí, o que para mim era êxtase, passa a ser a história de como essa cidade era o eixo que norteava a vida dos sertanejos como o meu avô....Contava ele que a vida era muito difícil e isso obrigava as pessoas a inventar soluções,a usar o cérebro na resolução dos problemas. Da fazenda para Campo Grande, não havia estrada boa e era normal naquele tempo , abrir picadas a facão, fazer pinguelas para atravessar os corixos. Viajar para Campo Grande era uma aventura...Ah...Como devia ser gostoso parar no Olho d!água (acredito que seja a região do Capão Seco) para beber água fresquinha e comer a matula, quase sempre preparada com uma boa farofa de frango e bolinhos de polvilho.. Era o tempo em que não havia dinheiro...apenas se fazia trocas, principalmente de alimentos, o que mostrava o bom uso da inteligência a favor da economia e da solidariedade. A grande preocupação , além da sobrevivência era a educação . Assim, os cinco filhos de meu avô foram para o internato do Colégio Auxiliadora e Dom Bosco e os estudos eram pagos com alimentos produzidos na fazenda: O arroz socado no pilão do monjolo, o polvilho, a farinha de milho e de mandioca, o fubá, o açúcar mascavo e a rapadura eram enviados para Campo Grande, por um interessante meio de transporte: um misto de jardineira e caminhão.(Corrijam-me , caso me tenha falhado a memória).
Belos tempos do Hotel Central e Pimentel, da Pensão da Senhorinha Barbosa, onde meu avô deixava seus melhores trajes guardados até a próxima viagem a Campo Grande.
Não são muitas as minhas memórias das histórias dessa Campo Grande que hoje se levanta como uma cidade assim próspera e boa de se viver. Mas...o que sei é que aos poucos foi se formando com o esforço e a vida sofrida dos sertanejos...como meus avós. Eles tinham na cintura a algibeira e , traziam na memória o traçado de cada caminho que levasse a Campo Grande, de cada "corgo" que desse água limpa,, de cada árvore que desse sombra ao viajante, assim como conheciam o cerne de cada madeira, a localização de cada grota e a batida de cada bicho...
Tempos que longe vão...Dos tempos do carro de boi e dos primeiros Fordinhos do começo do século à beleza e exuberância dos edifícios modernos...
Tenho guardados na memória os "causos" contados por meu avô Abrahão Souza Barbosa, na varanda da fazenda Saltinho. Aí, o que para mim era êxtase, passa a ser a história de como essa cidade era o eixo que norteava a vida dos sertanejos como o meu avô....Contava ele que a vida era muito difícil e isso obrigava as pessoas a inventar soluções,a usar o cérebro na resolução dos problemas. Da fazenda para Campo Grande, não havia estrada boa e era normal naquele tempo , abrir picadas a facão, fazer pinguelas para atravessar os corixos. Viajar para Campo Grande era uma aventura...Ah...Como devia ser gostoso parar no Olho d!água (acredito que seja a região do Capão Seco) para beber água fresquinha e comer a matula, quase sempre preparada com uma boa farofa de frango e bolinhos de polvilho.. Era o tempo em que não havia dinheiro...apenas se fazia trocas, principalmente de alimentos, o que mostrava o bom uso da inteligência a favor da economia e da solidariedade. A grande preocupação , além da sobrevivência era a educação . Assim, os cinco filhos de meu avô foram para o internato do Colégio Auxiliadora e Dom Bosco e os estudos eram pagos com alimentos produzidos na fazenda: O arroz socado no pilão do monjolo, o polvilho, a farinha de milho e de mandioca, o fubá, o açúcar mascavo e a rapadura eram enviados para Campo Grande, por um interessante meio de transporte: um misto de jardineira e caminhão.(Corrijam-me , caso me tenha falhado a memória).
Belos tempos do Hotel Central e Pimentel, da Pensão da Senhorinha Barbosa, onde meu avô deixava seus melhores trajes guardados até a próxima viagem a Campo Grande.
Não são muitas as minhas memórias das histórias dessa Campo Grande que hoje se levanta como uma cidade assim próspera e boa de se viver. Mas...o que sei é que aos poucos foi se formando com o esforço e a vida sofrida dos sertanejos...como meus avós. Eles tinham na cintura a algibeira e , traziam na memória o traçado de cada caminho que levasse a Campo Grande, de cada "corgo" que desse água limpa,, de cada árvore que desse sombra ao viajante, assim como conheciam o cerne de cada madeira, a localização de cada grota e a batida de cada bicho...
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